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Quais são os modelos de trabalho que as empresas podem aderir?

21 de abril de 2023

Gestão de Pessoas

Em 2020, quando eclodiu o estado pandêmico a nível global, empresas dos mais variados portes e segmentos precisaram se adaptar. O mercado precisou ser mais flexível e dinâmico em pouco tempo para diminuir as perdas iminentes em seu meio.

Para a massa trabalhadora, o formato das empresas foi o principal ponto de adaptação. Diversas empresas se viram obrigadas a reformatar os seus modelos de trabalho a fim de garantir maior segurança aos seus colaboradores.

Fato é que o mundo “herdou” muitos aprendizados da pandemia de COVID-19 e as empresas continuam as suas adaptações. Quando falamos em modelos de trabalho, especificamente, houve aquelas que seguiram com o formato de trabalho vivenciado na pandemia e as que optaram pela mescla de possibilidades.

O conteúdo a seguir te explica detalhadamente cada um dos tipos de modelos de trabalho. Junto aos gestores da sua empresa, verifique qual o melhor cenário para o negócio. Os ganhos são variados e o ideal é equilibrar os benefícios tanto às empresas quanto aos seis funcionários. Acompanhe!

Quais são os modelos de trabalho que as empresas podem aderir?

Presencial

Esse modelo é um velho conhecido. Nele, os colaboradores se dirigem até o local onde a empresa está estabelecida ou onde as suas atividades acontecem. 

O grande ganho desse modelo é a possibilidade de maior conexão e integração entre as equipes e do colaborador com a própria empresa. Entretanto, os custos da empresa acabam sendo maiores para manutenção da infraestrutura, por exemplo.

O modelo de trabalho presencial traz consigo características mais conservadoras, uma vez que os líderes se sentem mais seguros e confiantes ao verem e acompanharem a equipe estando no mesmo ambiente físico. Entretanto, é necessário entender que os funcionários podem entender determinados comportamentos apenas como centralização e controle.

Investir no desenvolvimento de lideranças é fundamental para proporcionar maior maturidade e modernização das pessoas.

Home office

O maior ganho desse modelo de trabalho é o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. O fator de deslocamento de casa para o trabalho, e vice-versa, é um dos maiores aliados da produtividade.

Veja um fato crucial que foi levantado por especialistas de mercado: no Brasil, devido à extensão de territorialidade, a contratação de profissionais fora do eixo Rio-SP aumentou. Isso faz com que profissionais de outras regiões do país não tenham que se deslocar para o sudeste em busca de melhores condições de trabalho e oportunidades.

Quanto à legislação da CLT, o modelo home office se assemelha ao formato de teletrabalho. 

Teletrabalho (Anywhere)

Nesse modelo, os colaboradores conseguem realizar as suas atividades de forma virtual à distância. Ele é regido pela Lei n.º 13.467/2017. Nela, é possível verificar que o colaborador de uma empresa que adota esse modelo pode trabalhar de qualquer local que desejar.

A grande diferença para o modelo home office é que neste o funcionário exerce suas atividades em casa ou até mesmo viajando como nômade digital.

O artigo 62 da CLT é claro sobre as horas extras realizadas nesse formato de trabalho. Devido a dificuldade em registrar os horários de entrada e saída, nesse modelo, horas extras não são possíveis de serem computadas. Porém, diversas alternativas já estão disponíveis no mercado, como as plataformas online de controle de ponto.

Trabalho híbrido

Esse modelo é uma das grandes realidades após a pandemia. Basicamente, ele consiste em uma mescla de trabalho presencial e home office. A empresa pode estabelecer quais são os dias em que o funcionário precisa comparecer ao local de trabalho. Nos demais, ele fica com a possibilidade de trabalhar em casa. 

As empresas precisaram se adaptar aos modelos que possibilitam o trabalho em casa justamente pelo fato de que em suas sedes a disponibilidade aos equipamentos, materiais ergonômicos e cultura são mais acessíveis. 

Como o RH pode usar os modelos de trabalho de forma estratégica?

A principal preocupação do RH nesse contexto deve ser com o aparato legislativo por trás de cada modelo. É necessário entender e se aprofundar em cada um deles para não ser pego desprevenido por multas ou denúncias.

Outro ponto de extrema importância é a personalização do contrato de trabalho, desde o modelo de experiência, para o formato que se adapte às necessidades e à realidade da contratação.

Verificar e analisar cuidadosamente as cláusulas do contrato e ter uma assistência jurídica trabalhista são fundamentais para evitar problemas.

Em caso de mudança de formato de contrato, lembre-se de atualizá-lo. Pode ser através de um aditivo de contrato ou estabelecimento de um novo modelo. É necessário confirmar e acordar com o colaborador, respeitando um mínimo de 15 dias, qualquer mudança de modelo ao qual ele será submetido.

Para maior segurança da organização, o controle de jornada de trabalho deve ser feito independente do modelo adotado pela empresa. O ideal é que seja através de plataformas que monitorem o início e término diário de trabalho, com possibilidade de registros para intervalos inter e intrajornada.

O RH junto à alta gestão da empresa pode estabelecer que a empresa possui mais de 1 formato de trabalho. A comunicação sobre essa política interna deve ser bem formulada para que os colaboradores possam entender e não se sentirem prejudicados caso determinado modelo não esteja disponível para o cargo que ocupa.

O que os colaboradores pensam sobre os modelos de trabalho atuais?

Uma pesquisa realizada pelo Google Workspace junto à consultoria IDC Brasil, revelou que 73% dos trabalhadores entrevistados preferem o modelo de trabalho híbrido. Os ganhos do trabalho híbrido são reais para a grande massa que vive em cidades com muito engarrafamento, por exemplo. A dedicação do tempo perdido no trânsito pode ser revertido para maior tempo de qualidade com a família ou aprendizados.

As equipes de RH devem ficar atentas às tendências de mudança de emprego, por parte dos trabalhadores, devido aos modelos de trabalho implantados nas empresas. Um estudo da empresa de recrutamento Robert Half identificou que 39% dos entrevistados buscariam posições em empresas diferentes se a atual não oferecesse a possibilidade de trabalho remoto.

Será que está na hora de você do RH pensar em novas alternativas para sua empresa?

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